Protesto em Vitória teve até pedido de retorno da monarquia

Vários protestos dentro de um só. Em meio aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), outras várias demandas se misturaram ao clamor e dividiram as atenções no protesto realizado na tarde deste domingo (16), na Praça do Papa, em Vitória. Além dos pedidos de saída da presidente, houve quem reivindicasse intervenção militar, o fim do desarmamento, a volta da monarquia, além de demandas locais, como a saída do PT do Governo do Estado.

Em uma tenda armada na praça, o médico André Pimentel coletou assinaturas pedindo que o PT não faça mais parte do quadro do Governo do Espírito Santo. “Simplesmente, queremos tirar o PT do governo estadual. O PT não representa mais o povo, não faz sentido ele estar no governo, queremos o PT fora do Governo do Estado e dos governos municipais”, destacou.

Em outra tenda, o microempresário Uarle Pereira distribuía panfletos com suas reivindicações: a liberação do uso de armas pela população. “Nós estamos aqui porque queremos nosso direito de legítima defesa. O governo enfiou de goela abaixo o estatuto do desarmamento, queremos nosso direito de volta para nos defender”, contou.

Manifestante: saída de Dilma não resolve nada

Houve também quem ainda nem votou, mas fez questão de participar da manifestação. Junto com amigos, a estudante Brenda Lannes resolveu protestar contra a corrupção, mas acreditando que a saída da presidente, motivo principal da manifestação, não resolve os problemas do país.

“Na minha opinião, eu acho que ela sair agora não vai resolver. O que deveria ser feito tinha que ser feito nas eleições, mas, infelizmente não havia boas opções para votar”, opinou.

Assim como nos outros dois protestos feitos neste ano contra o governo federal, um grupo voltou a pedir por intervenção militar. O engenheiro agrônomo Eduardo Bonamico explica que a intervenção seria temporária e apenas para convocar novas eleições. “É uma intervenção constitucional, está prevista na Constituição. E é a única forma de tirar toda essa corrupção. Não há como fazer isso por meio das eleições”, falou.

Também houve coletas de assinaturas de um projeto do Ministério Público Federal (MPF) por medidas contra a corrupção, além de pedidos por mais prisões na Operação Lava Jato.